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O Duende de Zaragoza

Por Peterson Azevedo


Fala leitores da 666, aqui é Peterson Azevedo e venho trazer para vocês a história sobre a primeira vez que houve uma investigação oficial sobre um caso paranormal na Espanha . O ano era 1934 na rua Gaston de Gatoro, Nº 2 em Zaragoza, uma cidade do interior da Espanha, um mistério acontecia no apartamento de dois andares da família Palazón.





O INÍCIO DO FENÔMENO

No dia 27 de setembro às 6 horas da manhã, membros da família Palazón ouviram estranhas gargalhadas masculinas, que pareciam vir das escadas, quando saíram para investigar não tinha ninguém, então acharam que era algum vizinho pregando alguma peça. Só que isso ocorreu por vários dias, até chegar no dia 15 de novembro do mesmo ano.

Quando a empregada de 16 anos, Pascuala Alcocer estava na cozinha lavando a louça e ouviu uma voz masculina chorosa chamar seu nome,

ela falou para sua patroa que não acreditou muito, daí no dia seguinte quando a mesma Pascuala foi fechar a porta do fogão, ouviu a voz gritar: “ Aí Maria vem “.

Assustada ela gritou e chamou os moradores para contar o que aconteceu, daí ela e sua patroa Isabel saíram correndo pelo prédio e chamaram os vizinhos para ver o que estava acontecendo, a princípio pensavam que elas estavam brincando, mas chegando na cozinha ouviram a voz que saia de uma das bocas do fogão, daí resolveram ir na delegacia e chamaram a polícia...

Que como os vizinhos chegou no local completamente incrédula, achando que tudo não passava de uma brincadeira de alguém, até que um policial foi mexer com um ferro em uma das bocas do fogão e ouviu _ “Aí! Aí! Por que me machucar?” Depois disso cada oficial que entrava na cozinha era saudado pelo seu nome, pela voz.

Desconcertados, mas acreditando que aquilo era uma farsa bem elaborada, a polícia fez com que os Palazón fossem transferidos para outra residência distante enquanto o imóvel era investigado. A família tinha certeza que se tratava de um duende invisível. Quando os vizinhos começaram a espalhar a história, o caso ganhou atenção da mídia, colocando a polícia em uma situação desconfortável, assim todos os esforços foram dedicados a descobrir o mistério e limpar o nome da polícia.

O caso tornou-se uma sensação nacional. Diariamente uma multidão se aglomeravam na frente do prédio, até o London Times começou a cobrir à história e uma rádio de Barcelona instalou um microfone e fez uma entrevista ao vivo com o misterioso morador do fogão, num caso único da história. Foram juízes, cientistas, até arquitetos para inspecionar o prédio, mas não encontraram nada em lugar algum. Quando o arquiteto sugeriu que seus homens medissem a abertura da chaminé, a voz disse –“ Você não precisa se dar ao trabalho, o diâmetro aqui é de 6 polegadas“. Ele estava certo.

O exército vigiava todo perímetro de dia e de noite, cortaram a eletricidade e as telecomunicações e nada foi achado. Estranhamente, tão rápido quanto surgiu, o fenômeno parou, mas mesmo investigando a chaminé e o fogão por dentro e por fora nada foi achado. Depois de dois dias de silêncio o magistrado local que estava doido para acabar com aquele circo considerou o caso simplesmente uma anomalia e a polícia se retirou.

Tudo piora!

Quando sacerdotes foram chamados para borrifarem água benta na chaminé e no fogão, com a família Palazón de volta, assim que os padres puxaram na cozinha a voz berrou –“ Covardes, covardes, covardes eu estou aqui”. E dessa vez bem raivosa, quando apagavam a luz a entidade gritava –“ Luz , luz eu não posso ver“ e quando gritou –“ Vou matar todo mundo lá dentro “ isso fez com que a família Palazón abandona-se de vez o apartamento . O Governador de Zaragoza, ao saber que a voz tinha retornado, ordenou ao chefe de polícia que levasse toda a família para um interrogatório e avaliação psiquiátrica.

Até membros da Scotland Yard estavam planejando viagens para o apartamento para tentar resolver o caso. No dia 30 de novembro, o governador de Zaragoza já tinha tido o suficiente e pediu o fim de toda a bobagem gobinóide, pedindo ao povo que se estabelecesse e ajudasse a descobrir quem era o brincalhão.

Em 4 de dezembro, o governador divulgou uma declaração de que a empregada da família, Pascuala Alcocer, era a culpada.

A fundamentação dessa declaração se baseava no fato da voz vir da cozinha, logo área de empregados. Além disso, eles sugeriram que a empregada sofresse de um fenômeno altamente incomum e bizarro chamado de “ventriloquismo inconsciente”, onde ela conseguiria projetar sua voz em objetos inconscientemente.

Claro que essa ideia parece ainda mais fantástica que o duende na tubulação. Além disso, como a empregada realizaria a façanha se ela não estava nem perto do imóvel durante a maior parte do tempo. Fora o fato de que todas as testemunhas afirmavam que a voz era masculina e após os seus primeiros encontros e as pessoas jurassem que ouviam a voz quando ela não estava por perto, a culpa foi colocada no elo mais fraco: Pascuala Alcocer.

Sem respostas reais para os estranhos eventos, os juízes, policiais e psiquiatras presumiram que Pascuala estava usando ventriloquismo para criar essa farsa. Eles estavam em extrema pressão para encontrar uma solução para essa histeria, que culpar a garota era a melhor maneira de pensar em acalmar a situação. Sua teoria do ventriloquismo não sobreviveu.

Formalmente é dito que o duende fez sua última comunicação, onde ameaçou matar a todos, em Dezembro de 1934, quando Pascuala não estava trabalhando na casa. Mas anos mais tarde, Arturito foi questionado sobre este tema e ele disse que para ele não era nada de ventríloquos, que era algo que não era físico e que a criatura continuou falando pela chaminé até 1935, mas confirmou que devido ao medo, sua família acabou deixando a casa.

O bloco de apartamentos foi demolido 40 anos depois, e o novo prédio no local recebeu o nome de “Edifício Duende” e “Edifício Goblin” como homenagem ao fenômeno até hoje não explicado. Não existem mais relatos da volta do fenômeno misterioso ao local.






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